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- Cartas à Brasília: uma gringazinha na Capital
Seguindo a série especial de 12 cartas escritas para Brasília, uma estrangeira conta sua relação com a cidade e revela locais preferidos, medos e surpresas na sua relação com a Capital No Museu da República: a silhueta feminina encontra os traços sinuosos do monumento de Niemeyer Somos as nossas histórias. Somos o meio e a vida de todas as histórias. Elas mudam e são contadas a todo momento. Somos narradores invisíveis da maior história que conhecemos: a nossa. Somos também as nossas escolhas. Uns decidem ficar para sempre no mesmo lugar, outros estão dispostos a correr o risco de morar fora e começar de zero em cidades tão particulares como você, Brasília. E eu estou aqui, recém-chegada, em pé entre teus ossos, tremendo de medo, com vozes que sobem pela minha língua, com meu portunhol intricado e tentando entender o meu propósito aqui contigo. Cheguei há pouco e já percebi que você causa sentimentos intensos, platônicos e muitas vezes opostos nas pessoas: ou te amam ou te odeiam. Não existe termo meio. Mas eu acho que serei do grupo dos que te amam. Fiquei surpreendida com as tuas terras vermelhas, teu céu vibrante de cores infinitas e ipês coloridos que embelezam você. Aqui tudo está no seu lugar: rua das farmácias, rua dos bares, rua dos restaurantes. Pirei com o teu conceito arquitetônico e já me falaram o quanto é importante a história da tua construção. Você é organizada, limpa e segura. Isso me dá muita tranquilidade. Porém, devo te confessar que me assusta a monotonia e o individualismo das pessoas. Pode ser que a razão do meu temor seja porque estou acostumada ao povo caloroso e receptivo do meu Caribe natal. Lá, eu posso ser surpreendida efusivamente por uma estranha me oferecendo carona em seu guarda-chuva, no meio duma chuva torrencial, ou de repente receber um elogio sincero de um estranho sobre o meu batom, minha blusa, meu vestido, minha sandália ou até mesmo a cor do meu esmalte. Mas tudo bem, dentro de mim há uma boa disposição para me adaptar aos novos desafios, até porque tenho certeza que não sou a única. A geometria brasiliense desumaniza a relação com a cidade ou cria contrastes que instigam? Hoje, por exemplo, observei esse povo tão diferente caminhando pelas tuas ruas, de todos os tipos, de todos os credos, de todas as cores, me perguntando quais são as suas histórias. Isso é um bom sintoma. Você acolhe gente diversa e isso me faz sentir menos estranha, com muita esperança e definitivamente com muita vontade de perseguir meus sonhos. Mas, peraí...me conta...que tipo de clima é esse, hein? Meu nariz sangra, minha pele está ressecada, e a minha garganta dói...por favor, me diz que não é sempre assim o ano todo! Eu sinto saudades do cheiro da chuva caindo na terra, fazendo lembrar da minha infância. Mas pode ficar tranquila. Eu serei paciente e respeitarei os seus tempos porque só você sabe quando é o momento certo para a mudança do clima. Quase uma candanga raíz: na piscina velha do Parque Nacional de Brasília, a Água Mineral Enquanto a seca não acaba, vou aproveitar as tuas riquezas e visitarei o Jardim Botânico e o Parque da Cidade. Também darei um mergulho nessa aguinha maravilhosa da piscina velha da Água Mineral e caminharei numa das trilhas desse lugar bonito e agradável que é o Parque Nacional de Brasília. Estar em contato com a natureza e próxima dos animais é algo que traz muita paz, e é aí que você vai ganhando pontos comigo. Ainda me falta ir passar uma tarde à beira do Lago Paranoá, andar de bicicleta no Eixão do Lazer, tirar fotos na Praça dos Poderes e disfrutar a vista da Torre de TV. Tá vendo como eu estou informada sobre teus espaços? Pois é, assim, aos poucos irei te conhecendo melhor. Brasília, você e eu somos diferentes. Isso é fato. Porém, eu tenho certeza que aqui conseguirei realizar vários sonhos da minha vida, sonhos que tal vez meu Eu menininha jamais acreditou que fosse realizar. Sei que também me darás diversas rasteiras. Creio que me farás chorar incontáveis vezes e como qualquer outra história de amor, teremos os nossos altos e baixos e, com certeza, momentos que não nos entenderemos. Mas acima de tudo, sei que me converterei num ser humano melhor. Crescerei e viverei aqui tão intensamente que só a possibilidade de te deixar fará meu coração ficar apertado. Certamente, a minha história nunca será a mesma depois de você, Brasília. Cheguei ao porto seguro, “véi”! Sindy González é colombiana, canceriana e Internacionalista. Mestre em Assuntos Internacionais. Apaixonada pela cultura latino-americana e do Caribe. Amante da música, cinema e fotografia.
- Cartas para Brasília: Poesia sobre a cidade
A poetisa Luana Souza inaugura a série de Cartas para Brasília com uma poesia do cotidiano na Capital. A cada mês de 2023 serão publicadas cartas com olhares poéticos sobre a cidade, para revelar a subjetividade brasiliense Bras-ilha Nascida nestas terras planas Gosto de voar sob tuas asas sul e norte Me encantar com o brilho solar nas águas do lago Paranoá Eu, Bras-ileira,Bras-iliana, De Planaltina, candanga Não pertenço à ilha Sou filha teimosa da periferia Ah Brasília! Gosto de transitar por suas tantas realidades É a cultura que me move no paradoxo da integração e da diversidade Me perco nas cores lindas do seu céu-encanto Na esplendorosa Esplanada Aprecio os mi(ni)stérios de arquitetura comunista Percorro em suas terras a trilha política No infinito particular Nas trilhas do belo cerrado Nas ruas das potentes periferias No ir e vir do direito à cidade No gramado divertido do CCBB Vejo meu menino crescer Ele, já candango com oportunidade Traz em sua origem a mudança de realidade Oportunizada pela famosa UnB Cresce vivendo em uma outra BsB Bras-ilha! Ah! Brasília! Como filha das tuas terras Sigo na luta para que todas as suas partes Possam viver com dignidade Que tuas pontes não ampliem distâncias Porque tua riqueza está na beleza dos encontros. Luana Souza Janeiro de 2023 Luana Souza é mulher, mãe e poeta que conjuga desde o título das faculdades até o título das ruas. Dona de uma alma sensível que almeja integrar diferentes realidades.
- Pequena Ode ao Lago Paranoá
Atleta do Lago Paranoá descreve, em prosa, cenas de suas práticas esportivas e de puro deleite nas águas lacustres* Ah, este Lago! Mistura de refúgio, agitação, malhação, contemplação... é tudo isso ao mesmo tempo, a depender da sua lente, do seu estado de espírito. A cada momento o Lago Paranoá vai mudando de cor seguindo o sol e dançando com as nuvens. Todas manhãs, nos primeiros raios de sol, lago espelhado, seu tom amarelo anuncia a alvorada. Logo começa a encrespar na companhia dos ventos que começam a soprar. É hora de ir pra água, seja de stand-up paddle – SUP, canoa, caiaque ou mesmo nadando, vamos sendo abraçados por essas águas do Planalto Central, que começa com aquele friozinho que logo some, dando lugar ao suor e a felicidade de estar ali, naquele momento. Oh Deus, obrigado por nos proporcionar isso. Cada dia um lugar diferente, seja nas pequenas ilhotas em frente às quadras do Setor de Mansões do Lago Norte, nas ML 4 e ML 7 ou mesmo passando pelo Parque das Garças na ponta da península norte. Sem contar a satisfação de chegar na barragem (do Paranoá), quando o treino é mais puxado. Aquele mergulho, quase obrigatório, é o ápice do rolê. Na parte sul do lago, logo depois da Ermida, avançamos pela região mais exposta ao vento do lago Paranoá. Não é à toa que essa área é tomada pelo Wind, Kite e Wing. Avançamos um pouquinho e logo chegamos à Ponte JK que majestosa como ela é, fica linda vista pela perspectiva do lago. Seus pilares e arcos nos absorvem na contemplação. Vemos os carros apressados passando logo ali em cima, mas pressa pra quê? O grito e o eco quando estamos atravessando a ponte por baixo nos dão a energia que falta pra finalizar mais um dia de treino e divertimento. E assim vamos seguindo nossa rotina do dia, agradecidos por ter esse lagão, relativamente despoluído, embora se encontre aqui e ali o rastro do ser humano insensível e egoísta, que não tem a capacidade de recolher o próprio lixo. Seria algo tão simples!!! A hora mágica do Lago é o entardecer. Suas águas se confundem com o céu numa paleta de cores que vai caminhando para o tom rosado, amarelo, laranja... uma explosão de brilho e magia. Esse é nosso Lago Paranoá, independente da perspectiva, do estado de espírito, do tempo, ele nos acolhe a todos e transborda nossos corações de alegria, endorfina, dopamina e purifica nossa alma. *Fernando Mendes é nascido em Brasília, mas cidadão do mundo. Viciado em esportes radicais e de aventura, frequentador do Lago Paranoá e morador na beira do Lago desde pequeno. Servidor Público Federal na área ambiental, é remador de SUP e Canoa Havaiana
- Premiado pianista francês faz apresentação na Escola de Música de Brasília
O jovem e já premiado pianista Clément Lefebvre se apresenta pela primeira vez no Brasil, começando por Brasília e seguindo a turnê em São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro Quem for ao recital de Clément Lefebvre, que acontece nesta quarta-feira 23 no Teatro Levino de Alcântara da Escola de Música de Brasília, pode se surpreender com a já premiada atuação do jovem pianista francês. Clément Lefebvre coleciona prêmios e reconhecimento internacional. Se houvesse um círculo contemporâneo de poetas-músicos, Lefebvre seria o porta-estandarte de sua geração. Seu primeiro álbum, “Rameau/Couperin”, lançado em 2018 pela Evidence Classics, o revela como tal ao público e ao mundo musical. Este álbum traz sua assinatura artística única, que lhe rendeu reconhecimento imediato e unânime. O segundo álbum de Lefebvre, “CHOC de Classica”, foi lançado em novembro de 2021 e dedicado a Ravel. O trabalho foi muito elogiado pela crítica especializada que apontou Levebvre como o “Raveliano” das próximas décadas. Lefebvre chega ao Brasil trazido pelo programa Ciclo de Jovens Pianistas, desenvolvido pela Embaixada da França no Brasil em parceria com a rede de Alianças Francesas para divulgar jovens talentos da música na América Latina. Trajetória Sua personalidade autêntica e o seu senso poético foram especialmente notados no Concurso Internacional Long-Thibaud-Crespin 2019, no qual é vencedor. Antes disso, foi reconhecido do outro lado do Canal da Mancha, ganhando, em 2016, o 1º Prêmio e o Prêmio do Público no Concurso Internacional de Piano James Mottram, em Manchester. Esta dupla consagração surge ao longo de um percurso musical que começa no norte de França, depois em Paris, com apenas dez anos, com Billy Eldi, que lhe dá como bagagem os fundamentos da arte musical. Prosseguiu em Lille, onde se forma com Marc Lys e Jean-Michel Dayez, depois no Conservatório Boulogne-Billancourt na classe de Hortense Cartier-Bresson, e finalmente no CNSM em Paris: aluno de Roger Muraro e Isabelle Dubuis, ele também recebe conselhos de Claire Désert, Alain Planès e Pierre-Laurent Aimard. Extremamente exigente consigo mesmo, após estudar com estes mestres, deve particularmente à Roger Muraro o rigor em seu pensamento musical, profundidade e imaginação expressiva, seja pela atenção dispensada à clareza do discurso musical ou à criação de um universo sonoro. Pedra por pedra, sua carreira artística tem sido construída de forma sólida. Clément Lefebvre já foi convidado a dividir o palco com Philippe Bernold, Anne Queffélec, Anastasia Kobekina, Olivier Patey, Philippe Bianconi, Eva Zavaro, Guillaume Chilemme. Apresenta-se regularmente em duo com o pianista Alexandre Lory, ambos empenhados em explorar as grandes partituras orquestrais através da arte da transcrição. Serviço: Clément Lefebvre - Recital de piano 23 de novembro de 2022, 20h. Local: Escola de Música de Brasília – Teatro Levino de Alcântara Endereço: SGA/Sul, Quadra 602. Entrada franca
- Aliança Francesa recebe exposição sobre Clarice Lispector e escritoras francesas
Exposição La Maison de Clarice chega a Brasília e traça paralelo entre Lispector e as escritoras francesas Marguerite Duras e Nathalie Sarraute Oferecida pelo Escritório do Livro e do Debate de Ideias da Embaixada da França no Brasil, a exposição « La Maison de Clarice » traça um paralelo entre a vida e a obra de Clarice Lispector e de suas contemporâneas, Marguerite Duras e Nathalie Sarraute. Por meio da exposição, Clarice recebe em sua casa essas ilustres convidadas, no ano seguinte em que foram celebrados os 100 anos de seu nascimento. A comparação entre Clarice Lispector, Marguerite Duras e Nathalie Sarraute é natural, pois elas se encontram no cerne da experimentação romanesca que conhecemos no século XX, sendo fonte privilegiada de inspiração e influência para autores e leitores de todas as partes do mundo. A exposição apresenta a estrutura de uma « casa », em que Clarice recebe suas convidadas, Nathalie e Marguerite. Nessa casa, a « Cozinha », por exemplo, faz referência ao processo criativo das escritoras e à forma como definiam a escrita. O visitante é convidado também a conhecer, entre outros aposentos, a intimidade do « Quarto da Escritora», onde se encontram os textos mais confessionais das autoras. No centro da exposição, o « Salon » ou « Sala de Visitas » descortina as relações de Clarice Lispector com a França; com o Teatro da Maison de France e com a literatura francesa, a partir de um encontro em 1969, no Rio de Janeiro, da escritora com Alain Robbe-Grillet, considerado o « papa do Nouveau-Roman ». Aliança Francesa de Brasília A Aliança Francesa é uma instituição sem fins lucrativos, cujo principal objetivo é a difusão da língua francesa e das culturas francófonas. Para isso, promove o ensino do idioma francês e oferece atividades culturais diversas, além de conceder certificados específicos de proficiência e de conhecimento linguístico. No Brasil, ela oferece, também, cursos de português para estrangeiros. Criada em 1883, na Cidade Luz (Paris), e com a participação de importantes personalidades, como Júlio Verne e Louis Pasteur, a Aliança Francesa representa, hoje, a primeira rede cultural presente no mundo inteiro. A Fundação das Alianças Francesas conta com escolas na França, para estudantes estrangeiros, e mais de 800 unidades, em 135 países, onde estudam cerca de 490.000 pessoas. SERVIÇO | Exposição La Maison de Clarice Entrada franca | De 21/11 a 09/12 Encerramento: às 18h do dia 9 de dezembro de 2022. Horários de visitação: Aliança Francesa de Brasília. SEPS, 708/907 Conjunto A - Asa Sul. Brasília - DF, 70390-079
- Lago Paranoá terá Remada Rosa neste sábado 22
Natação em águas abertas e Desafio da Canoagem serão promovidos em apoio ao Outubro Rosa, que atua com a prevenção do câncer de mama Neste sábado 22 acontece a 9a. edição da Remada Rosa em Brasília, uma ação promovida com apoio de atletas de Brasília cidade que utilizam o Lago Paranoá como área de esporte e lazer. A ideia é colorir o lago de ROSA e chamar a atenção para a PREVENÇÃO do câncer de mama, incentivar à promoção de práticas esportivas e comportamentos que são considerados protetores para redução dos riscos e ainda fortalecer a rede de apoio para quem já teve ou está passando pela doença. Outubro é o mês que marca a luta contra o câncer de mama. O "Outubro Rosa" é um esforço mundial para conscientizar e mobilizar à sociedade no combate à doença. A prevenção é a grande arma no combate ao câncer e quando mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura. Interessados em participar podem fazer o seu treino de corrida, caminhada, natação ou remada e tomar um café na beira do lago assistindo o Desafio de Canoagem (às 9h) e a Natação em águas abertas (às 8h)com Tiago Sato. SERVIÇO: Data: sábado, 22 de outubro de 2022 Local: Orla da Ponte JK Horário: A partir das 8h Natação em águas abertas. A partir das 9h Desafio de Canoagem Inscrições no: forms.gle/t1nyuSXZowFCj67z8 ou pelo perfil no Instagram: @remadarosabsb Apoie essa causa, adquira sua camiseta e ajude a incentivar nosso movimento. Os pedidos devem ser feitos e enviados até quinta-feira, dia 20 de outubro e a retirada da camiseta será durante o evento, dia 22 no horário das 8h às 11h30.
- "Aquilo da infância que ficou pelo caminho": memórias afetivas tecem exposição multimídia
A artista Loreni Schenkel traz uma narrativa artístico-psicanalítica em pintura, fotografia e escultura, na exposição abertura ao público no dia 13 de setembro, na galeria Rubem Valentim Pintura, fotografia e escultura. A exposição da artista visual Loreni Schenkel, com curadoria de Rogério de Carvalho, apresenta essas linguagens, em variados suportes que resgatam “Aquilo da infância que ficou pelo caminho”. A mostra, que poderá ser conferida a partir de 13 de setembro na galeria Rubem Valentim, no Espaço Cultural Renato Russo. Embora autobiográfica, a artista define sua exposição como “psicanalítica". “Estas lembranças sempre estiveram presentes, mas eu precisava organizá-las dentro de mim. Entender nossa infância é entender o próprio coração. A resposta para muito do que somos muitas vezes está lá, guardada nas perdas, rupturas, traumas, e também no aconchego, em sabores, texturas, sensações.... Nossa vida adulta tem muito mais de infância do que imaginamos e esta exposição é um convite a essa reflexão”, afirma Loreni. Órfã de mãe aos 10 anos, Loreni viveu uma tormenta emocional nessa época. A ausência da figura materna; o trabalho na roça ao lado dos irmãos, para ajudar no sustento da casa; o pai que se fazia de forte, mas que chorava aos soluços de saudade da esposa; a falta de sutileza de alguns parentes em lidar com a menina que não largava uma fralda (zeta) por guardar ali o cheiro da mãe, e não por se negar a crescer; a violência do abate de porcos e gado que presenciava na realidade do mundo rural; a solidão de uma estrada de barro que trilhou em busca do aconchego da casa da avó, onde se aninhava não apenas em seu abraço carinhoso, mas nas proximidades do fogão a lenha, sempre quentinho e cozinhando algo saboroso, lentamente.... Como num quebra-cabeças-- que se tornou literal--, Loreni foi moldando, pintando, fotografando imagens que remontam a esse período tão crucial de sua existência. Em meio à elaboração das obras, uma queda dentro de casa resultou em uma fratura craniana. “Durante três meses não pude fazer nada além de pensar. E pensei muito. O episódio foi parar na exposição, adicionando mais um material ao meu trabalho. Usei as inúmeras radiografias de meu crânio fraturado para unir a menina e a mulher, revelar como uma sempre viverá dentro da outra e compreender que só podemos ser inteiros respeitando nossas cicatrizes”. As obras de arte exigiram de Loreni não apenas um profundo mergulho em si mesma, mas o desenvolvimento de modos de trabalho ainda não experimentados. “A arte é fruto de muito trabalho, pesquisa, aprimoramento e estudo. Essa mostra me desafiou demais e eu tive que buscar mais e novas formas para me expressar, além daquelas com as quais tinha mais intimidade. É o caso da fotografia. “No final, não é só inspiração, dom e talento. É entrega verdadeira”, declara Com duas exposições individuais e três coletivas, Loreni parte agora para a mostra mais completa de sua carreira. Em novembro também levará o seu trabalho para São Paulo, em uma mostra ainda em construção. SERVIÇO: Aquilo da infância que ficou pelo caminho Galeria Rubem Valentim- Espaço Cultural Renato Russo Abertura 13/08, às 19h Visitação até 30/10, de terça à sexta, das 10 às 20h
- Biografia de Coco Chanel encerra mostra de cinema de setembro na Embaixada da França
Com entrada gratuita, a mostra "Retratos" fecha o mês de setembro com longa-metragem estrelado por Andrey Tautou no papel da icônica Chanel Coco Chanel, uma das mulheres mais marcantes da história da moda mundial, é o tema do longa-metragem que será exibido gratuitamente na Sala Le Corbusier, na Embaixada da França em Brasília, para fechar a mostra de setembro. O longa-metragem estrelado por Audrey Tautou, que encarna Chanel com sutileza e primor, apresenta a vida da fashionista desde a infância pobre em um orfanato, passando pela breve aventura como cantora de cabaré até o glamour da alta costura. O filme mostra ainda os percalços amorosos da jovem que iria se tornar um dos grandes ícones do mercado de luxo e sua maneira revolucionária de pensar e realizar tendências que posteriormente se tornaram grandes clássicos da moda. Sinopse Coco Antes de Chanel (28/09) De Anne Fontaine. 2009. França. Com Audrey Tautou, Benoît Poelvoorde, Alessandro Nivola. 1h50 min. Biografia. 12 anos. Quando criança Gabrielle é deixada, junto com a irmã Adrienne, em um orfanato. Ao crescer ela divide seu tempo como cantora de cabaré e costureira, fazendo bainha nos fundos da alfaiataria de uma pequena cidade. Até que ela recebe o apoio de Étienne Balsan, que passa a ser seu protetor. Recusando-se a ser a esposa de alguém, até mesmo de seu amado Arthur Capel, ela revoluciona a moda ao passar a se vestir costumeiramente com roupas de homem, abolindo os espartilhos e adereços exagerados típicos da época. Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ctgyhLwoQ5c Serviço: Cinema - Sala Le Corbusier Dia 28 de setembro 19h (entrada permitida até 19h15) - Gratuito Endereço: SES Av. das Nações - Quadra 801 - Lote 04
- Conheça cinco restaurantes com vista privilegiada para o Lago Paranoá
As opções incluem cardápios com frutos do mar, buffets e carta de drinks para o happy hour Para quem gosta de apreciar a vista lacustre, escolhemos restaurantes de Brasília que estão localizados na orla do Lago Paranoá com diferentes perfis: para beliscar, para o happy hour, almoçar ou jantar com opções mais sofisticadas. Desta vez, nossa equipe escolheu cinco espaços para representar a gastronomia lacustre da cidade, mas a cada dia aumentam as opções gastronômicas no entorno do Lago Paranoá para bares e restaurantes com culinária diversificada. Então, se você também tem o seu lugar preferido na beira do Lago para almoçar ou jantar, mande sua sugestão para gente no email pbrasilianews@gmail.com. Detalhe da decoração do Atracado Atracado Quem curte o estilo naval vai adorar o ambiente do Atracado, com decoração temática que combina peças rústicas e modernas. No cardápio, muitos pratos com peixes e frutos do mar. Os drinks são elaborados e bastante criativos. A Casa costuma receber DJs para animar o fim de tarde e noite. Confira a programação nas redes sociais do @atracadobrasilia. Endereço: Villa Náutica Setor de Clubes Esportivos Sul Parte A Trecho 2 Conjunto 3, Lote 9 @atracadobrasilia Don Durica Beira Lago A variedade do buffet é o ponto forte deste Don Durica. Veganos e carnívoros não terão problemas para encontrar o que comer. A carta de drinks também é repleta de opções. O espaço interno do restaurante é arejado, amplo, e as portas de vidro permitem ter uma visão do lago de praticamente todo o restaurante, que conta ainda com uma varanda de frente para um pequeno deck. As crianças podem brincar com tranquilidade em um pequeno conjunto de escorregador e ponte suspensa de madeira. Endereço: Clube ASSEFE Setor de Clubes Esportivos Sul Trecho 1 - Asa Sul, Brasília - DF, 70297-400 @dondurica Don Francisco ASBAC O Don Francisco é um restaurante tradicional da Capital, e ficou conhecido por duas razões: os pratos com peixes, em especial o bacalhau, e as saladas suntuosas. Mas quem prefere carnes pode optar pela feijoada ou outros pratos como o filé à parmegiana. A Carta de Vinhos também é um dos diferenciais do restaurante instalado dentro do Clube ASBAC. Endereço: Clube ASBAC St. de Clubes Esportivos Sul conjunto 31 @donfranciscorestaurante La Terrace Instalada dentro do complexo residencial do Life Resort, esta unidade do La Terrace tem uma vista privilegiada para o Lago Paranoá, com acesso lacustre pelo deck do Life Resort. O espaço tem agenda musical e um cardápio de gastronomia internacional com alguns práticos tradicionais da comida brasileira, como a moqueca, filé a parmegiana e os dadinhos de tapioca para entrada. Nos almoços de fim de semana, o restaurante costuma promover shows de samba para combinar com o buffet de feijoada Endereço: LIFE RESORT SHTN Trecho 2 Conjunto 3 Loja 135, 0, Brasília, DF Vista do Lago Paranoá no Wine Garden ao anoitecer Wine Garden O Pontão do Lago Sul é todo a beira lago, mas escolhemos o Wine Garden porque o ambiente do lugar foi todo pensado para a vista lacustre. Além disso, o Wine tem um palco onde acontecem shows de vários gêneros musicais. A decoração rústica e moderna traz um toque especial ao ambiente, que funciona bem tanto durante o dia quanto à noite. Endereço: Pontão do Lago Sul, ao lado da ponte Honestino Guimarães @winegardengb
- Relações familiares são tema de mostra de cinema francês com entrada gratuita
Longa "DNA" produzido na França em 2021, integra a Mostra No mês de agosto, a Sala Le Corbusier da Embaixada da França em Brasília recebe o ciclo de longas-metragens “Família em Crise”. Seja com uma grande história de superação, um forte desafeto ou uma jornada de autoconhecimento, esses filmes abordam as dificuldades da vida em família. A programação começa com À Beira da Loucura, primeiro longa-metragem de Audrey Diwan. A sala Le Corbusier é o ponto de encontro dos amantes do cinema francófono. As sessões acontecem sempre às quartas-feiras e são gratuitas. A sala voltou a 100% da sua capacidade, com 120 lugares disponíveis. O uso da máscara não é obrigatório, mas segue recomendado. Veja abaixo as próximas exibições da Mostra: 17/08 Meu Legionário De Rachel Lang. 2021. Bélgica, França. Com Louis Garrel, Camille Cottin. 1h47 min. Drama. 16 anos. Nika é uma jovem na casa dos 20 anos, que deixa a Ucrânia para acompanhar o namorado Vlad, um soldado enviado a um acampamento militar na Córsega. Lá, ela conhece Céline, casada com o comandante Maxime, e que a conduz pelo mundo codificado das esposas dos militares. Enquanto Vlad se torna obcecado pela vida de legionário, Nika e Céline sofrem com a distância e o sacrifício daquilo que esperavam de uma vida familiar tradicional. Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=5foVo5y9Teo 24/08 Enorme De Sophie Letourneur. 2019. França. Com Marina Foïs, Jonathan Cohen. 1h38 min. Comédia. 14 anos. Claire é uma pianista famosa, vivendo com o marido e agente Frédéric. Depois de presenciar um parto de emergência durante um vôo, ele se torna obcecado pela ideia de ter um filho, embora a esposa não queira. Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=yaon9eJ_-LM 31/08 DNA De Maïwenn. 2021. França. Com Fanny Ardant, Louis Garrel, Maïwenn. 1h30 min. Drama. 14 anos Neige, divorciada e mãe de três crianças, visita regularmente Emir, seu avô argelino, vivendo agora num asilo para idosos. Ela adora e admira aquele que exerce o papel de sustentáculo da família, o homem que a criou e que sobretudo a protegeu da atmosfera tóxica que marcava o relacionamento com os pais. As relações entre os muitos integrantes da família são complicadas e a morte do avô acabará por desencadear uma tempestade familiar e uma profunda crise de identidade em Neige. Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=q90qN-XY6b0 Serviço: One: Sala Le Corbusier Quartas-feiras de agosto Horário: 19h (entrada permitida até 19h15) - Gratuito Endereço: SES Av. das Nações - Quadra 801 - Lote 04 Contato: Fernanda Isidoro (61) 99966-4771
- Crônicas da cidade: um recanto em Brasília para a fauna cerratense
Moradora de um condomínio repleto de natureza revela como os residentes convivem com a fauna e a flora cerratenses. "Não dá para se habituar, a natureza surpreende todo dia" - comove-se a autora, que ainda dá uma dica de ciclovia para quem quiser passear por lá. Só cuidado com a onça que mora na região. Meu cantinho em Brasília é exatamente onde moro. Posso dizer que sou uma pessoa de sorte... Todos os moradores que aqui vivem, também. Vale contar que minha casa é em um pequeno condomínio situado praticamente dentro do Parque Nacional de Brasília. Quando cheguei aqui no ano de 1998, não imaginava que futuramente estaria morando na mata, mas dentro da cidade. Em um espaço propício a apreciação de bichos naturais do cerrado. Um lugar quase místico, com inúmeras possibilidades de contato com a natureza. Quem não gosta de animais, melhor nem morar ou visitar alguém por aqui, onde existe uma onça parda que às vezes perambula pelas ruas, com seus dois filhotes. Num cenário cercado de pequenos córregos e nascentes, moradores dividem o espaço com os bichos cerratenses: capivaras, antas, lobos-guará, tatus, calangos, porcos-espinhos, cutias, tamanduás, araras, papagaios brasileiros, periquitos, tucanos, maritacas, diversos passarinhos, muitos sapos e... cobras. Sim, o fato é que moramos junto com os demais animais do Parque Nacional de Brasília. Na entrada do Condomínio há uma queda d´agua natural, uma cachoeirinha, com uma ponte onde por baixo corre um riacho. Assim que passa a portaria tem outra queda d´água com um belo poço. E é bem ali, em frente a guarita, que a onça transita, indo de um córrego a outro. Ainda nessa descida, antes da ponte, dá para sentir o cheiro úmido da natureza. Mesmo na seca braba de Brasília, os olhos d´água insistem em refrescar o ar. Borboletas voam. A ladeira que antecede a guarita é quase fechada pela vegetação, a chegada ao Condomínio nos convida a baixar o ritmo acelerado da cidade e apreciar a natureza. As Capivaras reinam por aqui. “Olha, a família de capivarinhas atravessando a rua, que lindeza”. Freia o carro e espera, é o jeito. São várias de todo tamanho, uma atrás da outra. A pequena gordinha demora a subir no meio fio. Tenham paciência, motoristas. No outro dia “eita, olha a um tamanduá, faz foto!!”, e por aí vai, “rápido, filma a anta”. As surpresas não cessam: “gente, pára o carro, olha isso, um Lobo Guará! Que lindo, que pêlo avermelhado. Parece a cor da terra típica de Brasília, cor de barro. Como ele é alto!”. Às vezes, alguém ganha o troféu do dia, “freia, freia, olha a onça! Pega o celular rápido! Ih, já era! Pulou para o mato”. É bem assim. Até as televisões andaram por aqui atrás da família de felinos. E veio a guarda ambiental procurar, veio veterinário, equipe de tudo que é jeito, mas ninguém achou a onça, só tiveram o gostinho de apreciar pelas câmeras de segurança. “Cuidado! Ela quando está com filhote ataca. Ela com fome, ataca”, uns dizem. O outro diz “ataca não, ela tem medo de humanos”. Uns alertam, “evite apenas deixar crianças sozinhas perto das cercas que dão para reserva”. Tem morador que tem medo, outros, orgulho. “Mas não tem muito o que ser feito, aqui é o perímetro da onça”, explicou um biólogo. De dia ao acordar, humanos escutam a gritaria dos papagaios brasileiros nas árvores em frente a suas casas. E eles não estão em gaiolas e nem falam português. Estão livres, mas a voz é familiar, os famosos louros fazem uma gritaria quando chegam. São festeiros, barulhentos, conversam na língua nativa de papagaio, é lindo. Final do dia são as araras, que também são escandalosas, fazem algazarra, gritam num som que enriquece a alma. Os moradores já reconhecem ao longe. Saem de dentro de casa, vão para a rua ou para os seus jardins olhando para cima, “corre, vem ver”, elas passam em rasante, dois, três casais juntos, colorindo o céu anil. Tucanos comem coquinhos nas palmeiras. Quem se acostuma com a beleza estonteante do Cerrado? Não dá para se habituar, a natureza surpreende todo dia. Principalmente quando você acorda com uma sinfonia de passarinhos cantando pela manhã e dorme com corujas e aves de rapina por todos os lados nas ruas, que preenchem a noite ecoando aquele belo som de aves noturnas. Na chuva, sapos ficam embaixo dos postes comendo mosquitos. Nós é que estamos no lugar deles, não podemos reclamar. “Fomos nós que viemos morar no habitat desses bichos” -os mais conscientes ressaltam. Enfim, aqui é meu canto cativo de Brasília. E olha, se você quer uma dica de uma quebrada perto, um lugar gostoso para caminhar e aproveitar a magia do Cerrado, que não seja a trilha da Capivara da Água Mineral, você pode vir até o Condomínio Mansões Colorado. Na entrada, ainda antes da guarita, você verá o início de uma ciclovia, que foi construída com seis quilômetros de extensão. Ela é paralela a pista, mas você estará cercado pela beleza deslumbrante da vegetação do Cerrado, que por ser baixa proporciona que se veja o horizonte e que um estonteante céu inteiramente azul o acompanhe nesse passeio. Com sorte, araras poderão decorar o cenário com lindos voos, abrilhantando seu final de tarde. Não lhe desejo encontrar a onça, isso não. Então, que tal vir pedalar por essas bandas de tardezinha, aproveitar o pôr do sol, marca registrada de Brasília e sentir um pouco do gostinho que nós temos de morar aqui? Fica a dica. Joana Praia Produtora, jornalista, cerratense apaixonada por Brasília e mãe da Helena e do Heitor.
- Embaixada dos EUA defende instituições democráticas e credibilidade das eleições no Brasil
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil emitiu um comunicado defendendo as instiutições democráticas brasileiras um dia após participar de reunião, convocada pela Presidência da República, com cerca de quarenta representantes de missões diplomáticas no Brasil. Na reunião, realizada na segunda 18 no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro pôs em dúvida a segurança do processo eleitoral eletrônico no Brasil mesmo sem apresentar nenhuma prova de fraude, repetindo um discurso sem fundamento factual sobre a vulnerabilidade do sistema eleitoral do Brasil, que, segundo ele, já teria sido fraudado. O convite presidencial para que os chefes de missão participassem da reunião trouxe constrangimento desde o ínicio. Para começar, os critérios para a lista de convidados - quais embaixadas seriam convidadas ou não - não estava claro e causou estranheza no meio diplomático. Além disso, discutir um assunto doméstico com representantes de missões diplomáticas foge ao protocolo diplomático baseado no princípio de soberania dos povos e na autodeterminação. A praxe do universo diplomático é que os chefes de missão não comentem assuntos internos do país onde desempenham suas funções. A mesma praxe protocolar prevê que convites presidenciais sejam atendidos, o que explicaria a presença dos diplomatas, apesar do incômodo causado pelo tratamento da lista de participantes e pelo assunto em pauta. Nos bastidores diplomáticos o assunto foi tratado como uma situação constrangedora. A lista completa com o convidados que teriam comparecido não foi divulgada pela Presidência. No dia seguinte, a Embaixada americana divulgou um comunicado, cuja íntegra segue abaixo: "Como já declaramos anteriormente, as eleições no Brasil são para os brasileiros decidirem. Os Estados Unidos confiam na força das instituições democráticas brasileiras. O país tem um forte histórico de eleições livres e justas, com transparência e altos níveis de participação dos eleitores. As eleições brasileiras, conduzidas e testadas ao longo do tempo pelo sistema eleitoral e instituições democráticas, servem como modelo para as nações do hemisfério e do mundo. Estamos confiantes de que as eleições brasileiras de 2022 vão refletir a vontade do eleitorado. Os cidadãos e as instituições brasileiras continuam a demonstrar seu profundo compromisso com a democracia. À medida que os brasileiros confiam em seu sistema eleitoral, o Brasil mostrará ao mundo, mais uma vez, a força duradoura de sua democracia."