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133 itens encontrados para ""

  • DF terá pré-natal com assistência psicológica na rede pública

    Câmara Legislativa aprovou lei que garante às gestantes acompanhamento para saúde mental desde o início da gestação até o pós-parto. Por Tatiana Sócrates Ilustração gratuita Apoio emocional para gestantes garante maternidade mais saudável e segura Neste Natal, o Distrito Federal recebeu um presente especial e transformador: um programa que oferece cuidado emocional às gestantes. A Lei nº 7.620, sancionada na última quarta-feira (18), promete fazer a diferença na vida de muitas mulheres. De autoria do deputado João Cardoso (Avante), a iniciativa cria o Programa de Pré-Natal Psicológico, integrando apoio, escuta amorosa, terapia e acolhimento às rotinas tradicionais de acompanhamento durante a gravidez nas unidades públicas de saúde do DF. Ilustração gratuita “Nosso objetivo é oferecer tratamento e acompanhamento psicológico às mães desde o início da gestação até o pós-parto”, explicou o deputado. “Sabemos que a mulher vivencia uma série de transformações nesse período e, muitas vezes, enfrenta esses desafios sozinha. Esse acompanhamento é essencial, pois estamos falando de uma fase de grande impacto emocional e da criação de uma nova vida”, acrescentou. Para ele, é fundamental que a rede pública disponha desse acompanhamento psicológico, pois as mulheres passam por transformações intensas durante a gestação. "Esse programa é um marco importante para beneficiar as mães em todas as fases: antes do parto, durante a gravidez e no pós-parto. Ele garante que as gestantes recebam o suporte necessário da rede pública de saúde, identificando possíveis problemas psicológicos antes que se agravem. Fico profundamente feliz por ter contribuído para a aprovação dessa lei, que reconhece e valoriza as mães como co-criadoras da vida, carregando em seus ventres um novo ser humano”, destacou João Cardoso. Maternidade com acolhimento emocional O programa vai além da assistência médica, oferecendo acolhimento, orientação e suporte para prevenir transtornos como a depressão pós-parto. “O pré-natal psicológico prepara emocionalmente as mães e fortalece o vínculo com seus bebês, garantindo uma maternidade mais segura e saudável”, destacou João Cardoso. Uma nova forma de cuidar das gestantes Inspirado em iniciativas voluntárias, como as da psicóloga Tatiana Teixeira, o programa inclui encontros em grupo, nos quais gestantes compartilham vivências e criam redes de apoio. “Esses grupos se tornam uma extensão da família. Mesmo após o parto, as mães mantêm contato, dividindo desafios e conquistas por redes sociais ou encontros presenciais”, explicou Tatiana. Ilustração gratuita Tatiana explica que o pré-natal psicológico tem impactado vidas em situações delicadas, como as de uma adolescente expulsa de casa, uma gestante trans enfrentando questões de identidade e uma mãe bipolar que encontrou suporte para lidar com sua condição. Além disso, o programa oferece acompanhamento às vítimas de violência, garantindo apoio até o nascimento do bebê. A força por trás da causa Mãe de três filhos e com experiências de perda gestacional, Tatiana encontrou motivação em sua própria jornada para transformar o cuidado materno. “Também assei por momentos desafiadores, como muitas grávidas. Isso me inspirou a lutar por outras mães para que ninguém enfrente a maternidade sozinha”, contou ela, que hoje atua como voluntária no projeto. Um novo capítulo para a saúde pública Mais do que beneficiar as mães, a iniciativa visa melhorar o desenvolvimento dos bebês, mostrando que investir na saúde mental materna é investir no futuro. O governo do DF tem 90 dias para implementar o programa. “Com essa iniciativa, o Distrito Federal avança na humanização do atendimento às gestantes e reafirma o compromisso com uma maternidade mais acolhedora e inclusiva”, finalizou o deputado João Cardoso.

  • A morte e seus convites à vida

    Quando a morte se torna companheira de reflexões, Crônicas de Uma Yoguini lembra que o fim carrega em si um convite: o de viver cada instante com mais profundidade, coragem e afeto. Foto: Leandro Giordano, em dezembro de 2017 ( Andrea Hughes, de Crônicas de uma Yoguini)   Comecei a ficar mais íntima da morte em 2007, quando meu avô faleceu e minha mãe me ligou dizendo: "Papai morreu" - com voz de choro. Por alguns segundos, pensei que era minha irmã falando do nosso pai, e meu chão desapareceu, sumiu, escafedeu-se. Os segundos se passaram, me dei conta de que era minha mãe e que na verdade a morte era do meu avô, e não do meu pai, o que mudou a situação um pouco, mas me deixou com a sensação de que precisava me aprofundar nesse tema, para meu mundo não desabar quando chegar a morte do meu pai ou da minha mãe. Foi aí que procurei várias leituras sobre o tema, primeiro comprei o "Livro Tibetano dos Mortos" e achei de uma leitura super difícil. Não gostei. Finalmente cheguei até o "Livro Tibetano do Viver e do Morrer", que leio passagens até hoje nas minhas aulas de yoga, de tão maravilhoso que ele é, e recomendo. As fotos que ilustram essa crônica são da Pati, uma grande amiga e aluna de yoga, que também me ensinou muito sobre a morte. Ela teve câncer de peritônio , membrana que reveste e suporta os órgãos da cavidade abdominal. Eu tive muito medo de começar a dar aula de yoga para ela, pois ela parecia tão frágil, mas a decisão de começar foi uma das melhores decisões da minha vida. Foto: Leandro Giordano, em abril de 2017 As aulas se deram no ReHaB, espaço que fica na 213 Sul, sob o apoio de Leandro Giordano, com a fabulosa presença de Maria Emilia Bottini, psicóloga especializada em perda e luto. A ideia era de termos uma turma com pessoas com todo tipo de questão de saúde, tivemos presenças como pessoas com esclerose lateral amiotrófica, pessoas com outros tipos de câncer, pessoas com deficiências físicas, mas a presença que permaneceu constante foi a da Pati, que mesmo com o aparelho da químio, ia para as aulas, pois segundo ela mesma, ela sempre saía melhor do que entrava. Nós saíamos juntas para comer alguma coisa após as aulas e sempre era uma festa. A presença dela na minha vida foi uma benção, acho que as coisas mais lindas que ouvi sobre mim mesma, foram da voz da Pati. A nossa convivência foi intensa nos últimos anos de vida dela, viajamos juntas para Pirenópolis e quando ela decidiu não mais fazer a químio, pois o médico a comunicou que o tratamento seria apenas paliativo, ela me disse que fui a única pessoa que ficou feliz com a decisão dela. Eu sabia o quanto era sofrido o tratamento para ela, eu sabia que ela não aguentava mais aquilo, e que continuar com a químio era simplesmente prolongar o sofrimento físico dela, que já era imenso. Foto: Pirenópolis. em fevereiro de 2017 Com ela aprendi a fazer graça da morte, a olhar a morte de perto e apesar de toda a saudade que tenho dela, compreender que cada um de nós tem um tempo por aqui. Ano passado tive 3 velórios para ir no mesmo mês, a irmã, o pai e a mãe de amigas distintas. Entendi também o quanto é importante apoiar quem fica e sofre de saudade, fui aos 3 velórios abraçar minhas amigas, estar lá por elas. Este ano também estive junto de amigas, alunas e família em situações muito delicadas relacionadas a morte, e sinto que só consegui porque a Pati está comigo sempre, me fazendo ser corajosa, como ela foi e como eu tive que ser para aceitar dar aula de yoga para aquele corpo tão frágil, tão delicado. Te amo, Pati!

  • Yoga para empresas: inspiração e conexão

    A prática que gera bem-estar pode transformar pessoas, relações e até empresas. Foto: Arquivo pessoal da professora Andrea Hughes, em dezembro de 2023 ( Andrea Hughes, de Crônicas de uma Yoguini) Em novembro, Breno e Raquel Pina completaram um ano como meus alunos particulares de yoga. Eles chegaram até mim por indicação de uma aluna querida, Ludymila Mendes, uma massoterapeuta espetacular que sempre faz questão de conectar boas práticas a boas pessoas. Curiosamente foi o próprio Breno quem procurou as aulas – o que foge um pouco do comum, já que geralmente é a mulher do casal que se interessa por yoga. Breno é empresário, com uma vida super atribulada, e ele já pedalava, corria e malhava. Buscou a yoga com a ideia de complementar suas atividades com algo diferente. Desde o início, Breno fez questão de que a família inteira experimentasse a prática. Em dezembro do ano passado, o filho mais novo se juntou a nós para uma aula. Em maio, a irmã que mora longe participou, em julho foi a vez do filho mais velho, e em outubro, a mãe com as duas irmãs vieram para uma prática em grupo. Sem contar a Raquel e o Lolô, o cachorro da família, que já sãos presenças constantes nas aulas. Foto: Arquivo pessoal da professora Andrea Hughes, em junho de 2024 Em agosto, ele me convidou para a semana de saúde das suas empresas, a TGV e a Digiteam. O feedback foi tão positivo que passei a dar três aulas por semana para as equipes, durante o horário do expediente, simplesmente algo que só vejo acontecer em países de primeiro mundo: um luxo e um verdadeiro privilégio. Essa experiência me inspira a refletir: quando algo realmente nos faz bem, sentimos vontade de compartilhar. Breno quis estender a yoga a todos ao seu redor, permitindo que outros também experimentassem os ganhos físicos, mentais e emocionas dessa prática. Espero que essa história inspire mais empresas e empresários a criarem espaço para o bem-estar em suas vidas e nas vidas de suas equipes e famílias. E muito grata, Breno, pela oportunidade sensacional. Foto: Arquivo pessoal da professora Andrea Hughes, em setembro de 2024

  • Clubes, incluindo os de Brasília, são berços de atletas de alta performance

    Medalhistas como os irmãos Grael começaram carreira no Iate Clube de Brasília, que acaba de ser premiado por melhores práticas em formação de atletas. (Jamila Gontijo) Iate Clube de Brasília recebeu da Fenaclubes o prêmio nas categorias Clube Cultural e Clube Formador - Vela de 2024. Foto: Jamila Gontijo Os resultados do Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024 não deixam dúvida sobre a importância dos clubes na formação de atletas de alta performance no país. Das 20 medalhas conquistadas nas últimas olimpíadas – três  de ouro, sete de prata e dez de bronze – 15 foram de atletas vindos de clubes formadores, de acordo com o levantamento do Comitê Brasileiro de Clubes (CBClubes), entidade dedicada à formação de atletas, integrante do Sistema Nacional do Desporto, e do Conselho Nacional do Esporte. No time do Brasil em Paris, dos 277 atletas da delegação brasileira, 246 eram de clubes, o que representa 89% do total. "Os clubes têm uma parcela muito importante na formação de atletas no Brasil. Eles são a base do esporte brasileiro e temos trabalhado para oferecer cada vez mais estrutura, capacitação de profissionais e condições para a prática do alto rendimento. Um ótimo exemplo desse resultado ocorre com as agremiações do Distrito Federal, que revelou nomes como Caio Bonfim, Gabi Portilho, Stephan Barcha e tantos outros esportistas”, afirma Paulo Maciel, presidente do Comitê Brasileiro de Clubes. O papel protagonista dos clubes na formação dos atletas no Brasil é um cenário bem distinto em relação a outros países, como nos Estados Unidos, onde os atletas se formam nas escolas de nível médio ou nas Universidades. Os resultados olímpicos consolidam a tendência dos clubes brasileiros de ir além das atividades de lazer, atuando também na formação esportiva, o que contribui para o desenvolvimento de jovens e adultos saudáveis, já que a prática de esportes é uma ferramenta de promoção de disciplina, resiliência e de  socialização. Iate Clube de Brasília ganha destaque nacional na formação de atletas O Iate Clube de Brasília foi premiado pela Fenaclubes nas categorias Clube Cultural e Clube Formador - Vela de 2024. A premiação confirma a tradição do clube brasiliense na formação de atletas de alta performance não só nos esportes náuticos, mas também em categorias como o tênis. Comodoro Luiz André Reis na cerimônia de premiação da Fenaclubes 2024. Foto: Fenaclubes Em entrevista ao Brasília News, o Comodoro do Iate, Luiz André Reis, falou dos atletas da nova geração que já estão se destacando no cenário da Vela. "Temos o Felipe Rondina, e a Sofia Rocha, velejadora da classe IQFoil, e temos muitos outros, como a Vitória Viegas, campeã brasileira de Optimist". Reis ainda lembrou que grandes nomes da Vela tiveram seu início de carreira no Iate, como os irmãos Torben e Lars Grael. Seguindo a tendência nacional dos grandes clubes de lazer atuarem para além dos aspectos sociais e de lazer, o Comodoro do Iate ressaltou as ações formativas em andamento. "O caráter esportivo do nosso clube vem se solidificando. Temos no Iate a prática consistente de 17 modalidade, com 13 escolinhas de formação de atletas, sendo que dentre as modalidades algumas são mais antigas e consolidadas. No tênis, temos hoje o Luis Augusto Miguel, o Guto, que venceu este ano, em São Paulo, a etapa classificatória no Brasil e na Europa d o Rolland Garrot Junior Cities , e só não foi adiante porque perdeu para o número 1 do mundo no ranking juvenil. O clube brasiliense fundado ainda nos anos de 1960 também promove, atualmente, atividades esportivas inclusivas e abertas a todas as idades, como o tênis de mesa. "Temos um orgulho muito grande desta atividade, porque atende pessoas jovens às mais maduras. É emocionante ver senhores que são portadores de algum tipo de deficiência jogando tênis de mesa como terapia. Atletas do clube já foram medalhistas nas categorias paraolímpicas de tênis de mesa. Temos o Guilherme e Iranildo, ambos com nível internacional, com títulos nacionais e pan-americanos, que muito nos orgulham e são do time de portadores de deficiência". O Iate atua ainda em modalidades inclusivas para Vela. "Criamos a área de vela adaptada, que permite que pessoas portadoras de alguma deficiência velejem barcos de alto desempenho porque tem como controlar leme e velas apenas com as mãos. O último campeonato de Vela adaptada foi aqui o Iate Clube, o que é um orgulho pra nós" - conclui o dirigente. Atletas medalhistas com formação nos clubes de Brasília. (Fonte: CBClubes) Caio Bonfim - Clube CASO-DF (medalhista de prata em Paris 2024) Guilherme Schmidt - SESI de Ceilândia-DF (medalhista de bronze em Paris 2024) Gabi Portilho - Clube Fut Art-DF e Fluminense-DF (medalhista de prata em Paris 2024) Alex Garcia "o Brabo" - Brasília Basquete Stephan Barcha - Equipe Chevaux-DF Gabriela Muniz - Clube CASO-DF

  • Campeões da Regata de encerramento do Campeonato do Remo de Brasília 2024

    Atletas dos times Crossrowing e Remo Brasília sobem ao pódio na regata final realizada no domingo 10 de novembro Os campeões de 2024 no Campeonato de Remo de Brasília . Foto: Federação de Remo de Brasília  (Jamila Gontijo, com informações da assessoria de imprensa da Federação de Remo de Brasília) O clube Crossrowing sagrou-se campeão de remo na categoria Alto Desempenho e o Remo Brasília conquistou os troféus do Master e do Para-remo, na regata que encerrou o Campeonato de Remo de Brasília em 2024. A temporada deste ano teve três regatas, com o Crossrowing vencendo as três disputas nos pontos gerais. O encerramento aconteceu na manhã do último domingo, dia 10, na raia montada em frente ao Parque Deck Norte, na Ponte do Bragueto. Na categoria Alto Desempenho, o Crossrowing ficou em 1º lugar, o Remo Brasília levou o 2o. lugar e o ASBAC/Guaíba ficou em 3o. lugar. Na categoria Master, as posições se inverteram com o Remo Brasília sendo o campeão, o Crossrowing , o vice, e o Naval em terceiro. No para-remo, o Remo Brasília terminou à frente e o Crossrowing ficou na segunda posição. Nas 16 provas disputadas na última regata do domingo participaram mais de 30 equipes dos clubes ASBAC/Guaíba, Clube Naval de Brasília, AABR/ Crossrowing e MBTC/Remo Brasília. Atletas em ação na última regata do Campeonato de Remo de Brasília 2024. Foto: Federação de Remo de Brasília Das três provas dos barcos oito com timoneiro, a grande estrela do programa de ontem, duas foram vencidas pelo Crossrowing e uma pelo Clube Naval. O Minas Brasília mais uma vez despontou no Master, com quatro vitórias nessa categoria. O Crossrowing dominou amplamente na categoria Alto Desempenho, com 274 pontos nessas provas. No Para-remo, com quatro provas, o Crossrowing mesmo tendo vencido três delas, não conseguiu alcançar o Remo Brasília na pontuação do campeonato. Um ponto alto da regata foi a prova demonstrativa dos alunos do Projeto Vamos Remar, que reuniu três barcos tipo 4 Skiff, com quatro remadores cada, percorrendo seus primeiros 500 metros numa competição. O Projeto realizado pela Federação de Remo de Brasília leva quarenta alunos da rede pública de ensino para praticarem remo duas vezes por semana nos clubes do lago Paranoá, com o patrocínio do Ministério do Esporte do Governo Federal. A regata que encerrou o Brasiliense de Remo teve o apoio da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer do GDF.

  • Saúde Mental: FioCruz reabre curso gratuito para cuidados com adolescentes

    Formação online integra esforço coletivo para preservar saúde dos jovens, como recomenda representante da Unicef em entrevista exclusiva para o Brasília News O universo digital faz parte da realidade dos adolescentes e traz oportunidades e desafios (Jamila Gontijo)             Como está a saúde mental dos adolescentes? Dados recentes são alarmantes: quase um em cada seis crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos de idade no Brasil tem algum transtorno mental, ficando mais vulnerável à prática de automutilações, depressão e suicídio. As informações foram consolidadas no relatório da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) “Situação Mundial da Infância 2021 ”, e demonstram a realidade de muitas famílias brasileiras: a preocupação com a deterioração da saúde mental das crianças e jovens. Um resposta estatística exata e abrangente não existe porque os dados públicos sobre este cenário são precários, mas não precisamos ir muito longe para dizer que não vai bem. Basta olhar ao redor, ouvir pais, mães, professores e quem trabalha com atendimento a adolescentes para constatar o aumento drástico nos níveis de adoecimento mental dos jovens em todo o mundo, e claro, aqui também na Capital Federal. A pandemia, o excesso de exposição às redes sociais e a apreensão sobre os efeitos das mudanças climáticas são apenas alguns dos fatores de pressão sobre o frágil equilíbrio que sustenta o bem-estar dos adultos em formação, passando por mudanças corporais enquanto buscam entender qual é o seu lugar no mundo. Nunca foi um período fácil, mas agora a situação está ainda mais desafiadora. Eu, que além de jornalista sou psicoterapeuta, recebo em meus atendimentos diversas adolescentes com o mesmo quadro: ansiedade alta, inseguranças com a autoimagem, falta de perspectiva sobre o futuro profissional, problemas de relacionamento, dificuldade de dialogar com os pais e o pior: a grande maioria chega por um alerta de sofrimento visível no corpo, que é a automutilação. Quando chegam a este ponto, os pais procuram atendimento especializado e então começamos um processo terapêutico para compreender o que está por trás deste cenário. Sabemos que praticar exercícios, se alimentar bem, manter o contato com a natureza e desenvolver uma rede de contatos sociais, além de se engajar em atividades coletivas são maneiras de cultivar a saúde física e mental, mas a solução que parece tão simples não é tão fácil de se colocar em prática.  É um esforço coletivo que precisa da articulação de pais, escola, amigos e uma rede especializada. Curso online para Atenção Psicossocial da Fiocruz e Unicef abre inscrições gratuitas Entidades como o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a FioCruz, por exemplo, oferecem formação para quem integra essa rede de apoio, e a boa notícia é que o Curso de Aperfeiçoamento em Saúde Mental e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens acaba de abrir as inscrições, que podem ser feitas por aqui . O curso é gratuito e totalmente online, destinado a profissionais e trabalhadores que prestam atendimento a adolescentes e jovens em diversas áreas, especialmente da educação, saúde, assistência social, segurança pública, entre outros interessados na temática. A iniciativa é uma parceria do Unicef com a Fiocruz Mato Grosso do Sul para contribuir para a criação e o fortalecimento de Espaços de Cuidado voltados para o acolhimento de adolescentes e no atendimento de suas demandas psicossociais, sobretudo em situações de crise. Em sintonia com o movimento de criar espaços de escuta para adolescentes, acontece nesta quinta 24 de outubro na Casa Adhara, espaço de bem-estar e Saúde Integrativa de Brasília, a primeira Roda de Conversas para Meninas Adolescentes, com o tema "Beleza e Autoestima na Era das Redes Sociais", um projeto que tem apoio do Brasília News. Os detalhes desta iniciativa podem ser conferidos nesta reportagem aqui. O Brasília News , que tem o foco na qualidade de vida, entrevistou Gabriela Mora, Oficial de Desenvolvimento de Adolescentes do Unicef sobre o assunto.  Gabriela nos contou que é a partir do esforço conjunto entre diversos atores sociais que podemos dar apoio aos adolescentes. A entrevista completa segue abaixo. Entrevista Gabriela Mora, Oficial de Desenvolvimento de Adolescentes do UNICEF Como podemos atuar para melhorar a saúde mental dos nossos jovens? Estamos apostando que é possível trabalhar a prevenção fazendo com que atores do dia a dia tragam pra si a responsabilidade de escuta, como os professores, pais e rede entre pares (que são os próprios adolescentes). Quando o “bicho pega” eles procuram outros adolescentes. Os atores de referência na vida dos adolescentes, como são os professores na escola, conseguem perceber mudança de comportamento, se sofrem bullying . A escola é um ambiente fértil para trabalhar a prevenção. Mas tem ainda outros ambientes que a gente nem sempre se lembra, como o esporte, a cultura e o lazer. Neste contexto podemos prevenir situações mais graves? Muitos casos podem ser trabalhados no nível da prevenção através de escuta qualificada, uma escuta sem julgamento. As pessoas querem escutar para dar conselho, e a gente lembra das nossas experiências na nossa época, mas a situação mudou muito. O bullying não está mais entre quatro paredes. Está nas redes se for filmado, é mandado no WhatsApp e ganha uma dimensão muito maior. É muito desproporcional se compararmos às experiências das gerações anteriores. Qual é o impacto do uso das redes? Hoje em dia os adolescentes urbanos estão totalmente conectados. Mesmo que as plataformas colocam uma idade mínima de 13 anos, os adolescentes entram antes. O tempo de tela é uma preocupação, mas proibir tudo é desconsiderar que está todo mundo conectado. Adolescentes que não encontram acolhimento da família, é na internet que eles vão encontrar seus grupos. E os adolescentes estão em uma fase que precisam de orientação para garantir sua autonomia. Estão constituindo sua identidade e isso requer uma quebra, um rompimento com a família para haver uma identificação de quem são. Não encontrar espaços de pertencimento pode ser grave e gerar gatilhos. O que o Unicef tem feito para promover a saúde mental dos adolescentes? Por exemplo, nós reunimos um grupo de especialistas e criamos um canal de apoio em saúde mental chamado Pode falar . Este é um projeto que tem parceria com mais de 20 universidade brasileiras, e a ideia é fazer uma abordagem multidisciplinar. Por meio do celular eles podem falar com um robô, que se chama Ariel.   Se for necessário, os adolescentes também podem falar com atendentes que são treinados para fazer uma escuta sem julgamento. Então os adolescentes vão nomear seus sentimentos e entender qual é a sua rede de apoio. Às vezes aparecem casos sérios, como violência doméstica, abusou ou ideação suicida e então há um encaminhamento. Toda a conversa é anônima, sendo que 80% dos casos atendidos são de meninas. Muitos dos casos que aparecem não são casos extemos. São de conflitos familiares, de relacionamentos abusivos e questões de conflitos geracionais ou dúvidas em relação ao futuro ou de insegurança econômica. São assuntos que a gente consegue conversar, e à medida que a pessoa vai falando, consegue identificar que caminhos ela consegue seguir dentro do seu contexto pessoal. As meninas são mais vulneráveis aos problemas de saúde mental? As meninas sofrem muito mais a pressão da sociedade para ter o corpo perfeito, para ter um comportamento de determinada maneira. Tem muita comparação com corpos “ideais”, além de vivermos em uma sociedade machista. As meninas tem uma série de sofrimentos emocionais que são muito característicos. Já os meninos não falam de sentimentos porque não são educados a não compartilhar o que sentem. Por que os meninos não chegam em um serviço destes?  Com quem falam? E o que estão fazendo com o que sentem? Esta também é uma preocupação. O uso das redes sociais é saudável ou prejudicial? As duas coisas ao mesmo tempo e por isso é tão importante falar sobre regulação das redes.  As redes trazem possiblidade de contato, de pertencimento de grupo afins e isso tem um lado positivo. Só que ao mesmo tempo essas redes são fonte de pressão para um corpo ideal e o uso dos filtros criam uma autoimagem que não é real. A gente nunca se olhou tanto e isso no adolescente é muito sério porque estão na fase de desenvolvimento, estão construindo a autoestima. As redes vão trabalhando com tendências de comportamento humano e é um espaço que não cabe muita reflexão ou elaboração. Além disso é um espaço que trabalha com extremos, quanto mais extremo, mais engajamento. As redes não tem mediação, e aí as pessoas estão expostas a tudo. Se tem critica, tem impacto muito grande na autoestima. Não podemos ter uma abordagem moralista, mas precisamos ter uma abordagem responsável e sem ingenuidade. Seria importante criar educação digital nas escolas? A escola é um ambiente onde é possível aprender criticamente sobre as redes, ampliar o repertório e refletir. Pensar em atividades que mexam o corpo, que façam pensar e falar sobre tudo isso que acontece nas redes e estabelecer vínculos entre educadores e alunos, como pessoas. Também é possível a articulação com unidades básicas de saúde, ou trazer referências de esporte e cultura. A gente pode ir ampliando as redes de apoio para que os adolescentes também tenham protagonismo. Com isso, estamos reconhecendo que os adolescentes são capazes de ter senso crítico. Sem tirar a importância das redes especializadas, o  que é fundamental, mas sozinhas não vão dar conta do problema.

  • CAMPEONATO DE REMO DE BRASÍLIA TERÁ SUA REGATA FINAL

    Mais de 30 equipes dos cinco clubes de remo locais estão inscritas, e a organização espera um total de 150 atletas competindo no evento aberto ao público, no dia 10 de novembro. Foto: José Ribamar Pereira Junior (Jamila Gontijo, com informações da Federação de Remo de Brasília) Brasília vai conhecer os campeões do remo da temporada 2024 no próximo dia 10 de novembro, na Regata programada em frente ao Parque Deck Norte, na Ponte do Bragueto, a partir das 8:00hs da manhã. A entrada é gratuita. O evento tem a participação de mais de 30 equipes dos cinco clubes de remo locais, e a organização espera um total de 150 atletas competindo. No programa, haverá a disputa de 13 provas de diversos tipos de barcos a remo, incluindo o oito com timoneiro, nas categorias masculina, feminina e de equipes mistas. As provas envolvem atletas de todas as idades, indo do juvenil ao máster, bem como provas do Para-remo. A remadora mais jovem tem 12 anos e o mais experiente 80! Estão em jogo as taças de três categorias: Alto Rendimento, que reúne as provas juvenis, júnior e sênior; o remo Máster, para atletas com 27 anos ou mais de idade; e o Para Remo, para atletas com deficiência. Atletas no Lago Paranoá Foto: José Ribamar Junior O campeonato chega a seu final com emocionante disputa nas três categorias, com liderança da equipe do Crossrowing no Alto rendimento, mas com a equipe do Remo Brasília respondendo no Máster e no Para-remo. A regata será disputada no Parque Deck Norte, no final da L4 Norte, próximo à ponte do Bragueto, contando com raias demarcadas e águas calmas para as provas de velocidade. O público vai contar com imagens das provas captadas por drone e projetadas em telão, permitindo acompanhar cada detalhe dos barcos e das disputas. A realização da regata tem apoio da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer do GDF. A Federação de Remo de Brasília está organizando uma grande festa para encerrar o calendário de competições estaduais em 2024. SERVIÇO CAMPEONATO BRASILIENSE DE REMO 2024 – 3ª REGATA PARQUE DECK NORTE – L4 NORTE – PONTE DO BRAGUETO 10 DE NOVEMBRO DE 2024 08H00 – 13H00 ENTRADA LIVRE

  • Yoga e mamilos

    ( Andrea Hughes, de Crônicas de uma Yoguini) O traje para a prática de yoga é algo bastante relativo porque depende do estilo da pessoa, mas em geral se diz para se usar uma roupa confortável. Eu, como professora de yoga mulher, sempre tive uma preocupação grande com o meu conforto e em como vou ser vista por meus alunos. Durante a pandemia, Chloe, uma amiga querida de 20 e poucos anos e uma das poucas alunas particulares com quem tive contato presencial neste período, soltou um comentário no meio das nossas longas conversas existenciais pós prática de yoga na casa dela: parei de usar sutiã! Esse comentário ecoou na minha cabeça e como estávamos em isolamento nesse período, experimentei no meu dia-a-dia e amei. Na prática de yoga online, esse pequeno detalhe não era notado pelo zoom e o conforto era espetacular. A partir do momento que voltamos ao presencial, o sutiã voltou, porque afinal mamilos são polêmicos e a possibilidade deles aparecerem durante a prática, nesse mundo machista, ainda não me parece adequada - infelizmente. Desde então, procuro vestir roupas que me permitam não usar sutiã, sem que pareça que estou querendo seduzir alguém, mas admito que para praticar yoga ainda é bem difícil, por conta dos movimentos e ângulos feitos com o corpo. A espetacular vista do Lago durante a prática na Oca do Lago. Foto: Manoela Olesko Em abril deste ano, comecei a dar aula de yoga na Oca do Lago, um lugar belíssimo de frente para o lago. A turma da noite tem uma iluminação super intimista e indireta. Certo dia, fazia um friozinho, coloquei uma dessas poucas roupas que me permitem me mover sem que meus mamilos apareçam, um casaco grosso por cima e me dei conta, dirigindo em direção à Oca, que aquela seria a minha primeira prática de yoga presencial sem sutiã. Que gostoso poder praticar yoga com meus seios livres e soltos! Pena essa não ser a regra. Espero que esta crônica seja para você como o comentário da Chloe foi para mim, e te permita essa liberdade. E se você é homem, que sorte a sua!

  • Amigas de infância após um Sábado Perfeito

    Crônicas de uma Yoguini conta como a yoga promove encontros de afeto e vínculo. Yoga com vista panorâmica da cidade: afetos e vínculos em encontros para prática coletiva. Foto: Silvio Wolff ( Andrea Hughes, de Crônicas de uma Yoguini) Tudo começou em 2021 no Sábado Perfeito , um de meus projetos de yoga comigo na cobertura do B Hotel, seguida de um café da manhã espetacular no restaurante Térreo . Um belo dia me apareceu um grupo de amigas e uma delas, a Val, tinha um sobrenome conhecido, o mesmo sobrenome de um professor meu de literatura do colégio, e durante o café da manhã, perguntei: você é alguma coisa do Feitoza? E ela respondeu: ele é meu pai. Daí contei para ela que foi ele quem me inspirou a fazer o curso de Letras - Literatura na faculdade, e que as aulas dele eram as únicas que eu gostava de assistir no colégio. Esse mesmo grupo de amigas gostou bastante da proposta e difundiu o S ábado Perfeito para outras amigas e foi quando me apareceu a Fê, que me jogou a real logo de cara, e disse: não gosto de yoga, não gosto de acordar cedo no fim de semana, eu só estou aqui pelas minhas amigas e pelo café da manhã. A Marília já era praticante de yoga e já tinha até seu próprio yoga mat . Será que o mat potencializa afetos e com isso faz nascer amigas de infância? Foto: Arquivo Pessoal Val, Fê e Marília, repetiram o Sábado Perfeito tanto que perdi a conta. O café da manhã do B Hotel era servido até 10h30 e a gente ficava lá até 13h00 conversando. A amizade delas é tão bonita que praticamente as obriguei a me colocar no grupo de whatsapp delas e me incluir na vida delas como a mais nova amiga de infância. O mundo girou e o inspirador professor Fentoza virou companhia para o café da manhã. Foto: Arquivo Pessoal Resultado: hoje a Val e a Fê já tem seus próprios yoga mats , a Fê passou de "não gosto de yoga" para "amo yoga com a Andrea". Quando o Sábado Perfeito acabou criamos o Domingo Mais que Perfeito na casa do Feitoza, pai da Val, meu professor do colégio, com direito a café da manhã preparado com amor pela Val e a mãe dela, dona Consuelo, maravilhosa. E seguimos juntas aprontando um monte.

  • Overdose de yoga: já teve uma?

    Crônicas de uma Yoguini conta como sentiu no corpo a ressaca da prática em excesso Andrea de rosa no paraíso dos yogues, Barcelona Yoga Conference 2014. Foto: Arquivo pessoal ( Andrea Hughes, de Crônicas de uma Yoguini) Em 2013 ganhei uma bolsa para o Barcelona Yoga Conference, uma conferência de yoga organizada pelo Wari Om, fotógrafo e filmaker do mundo da yoga que amo de paixão. Parecia um sonho sair de Brasília para Barcelona basicamente para praticar yoga, me organizei, comprei a passagem, combinei com minha amiga Monica de ficar na casa dela, e fui. O primeiro dia de conferência fui com sangue nos olhos. Fiz todas as aulas que pude, o dia inteirinho de práticas fortes, com professores do mundo todo. Encontrei pessoas de Brasília, pessoas que havia conhecido quando morei em Buenos Aires e conheci professores de yoga que ganharam minha admiração para todo sempre. Acordei no dia seguinte quebrada de tantos chaturangas. Tive literalmente uma overdose de yoga e não queria nem mais ir para a conferência. Foi quando Monica interferiu e disse: você vai sim, afinal de contas você cruzou o oceano para participar dessa conferencia, vai sim. Fui, me arrastando. Tive acesso a modalidades que nem sonhava que existiam e participei de um kirtan espetacular com a Janin Devi. Kirtan com Janin Devi, BYC 2013. Foto: Wari Om Yoga Photography No dia seguinte convidei Monica para o kirtan com Krishna Das, o rei dos mantras. A coisa mais linda de viver e ainda levei o livro dele para ele autografar para mim. Foi quando fiz Monica se apaixonar pelo mundo da yoga e nunca mais largar, mas essa já é outra história. Kirtan com Krishna Das, BYC 2013. Foto: Wari Om Yoga Photography Considero o Barcelona Yoga Conference o paraíso dos yogues, mas #ficaadica tome cuidado com o exagero. Em 2014 voltei ao BYC bem mais comedida, selecionando menos aulas de yoga por dia e mais pausas, porque em 2013 voltei para Brasília precisando de férias da yoga, sem ter como. Foi aí que descobri que yoga demais não é bom não.

  • Yoga e Música: melodias que tocam o corpo e a alma

    Da opinião de que a música é a trilha sonora de nossas vidas, Crônicas de uma Yoguini revela a importância da música na sua prática de yoga. Madonna, praticante de Yoga, já revelou como a prática mudou sua vida pra melhor. (capa do álbum True Blue) ( Andrea Hughes, de Crônicas de uma Yoguini) A música me acompanha em todos os momentos da vida: ao acordar, dirigir, lavar louça, tomar banho e na prática de yoga não poderia ser diferente. Algumas atividades inclusive se tornam bem mais chatas para mim sem música, exemplo: faxina. Tudo começou na era da fita cassete, eu e meu walkman. Gravava as fitas com as músicas que mais me apeteciam que tocavam na rádio. O resultado era, muitas vezes, um Frankenstein, com pedaços de músicas e falas de radialistas, mas eu amava. Logo uma nova tecnologia nos alcançou e meu pai me deu de presente um diskman e 2 CDs clássicos, na época novidades: o álbum True Blue da Madonna e o Thriller do Michael Jackson. (capa do álbum Thriller) Seguimos com os CDs por um tempo. Gravei inúmeros para minhas aulas, quando me surge o maravilhoso mp3 player, um aparato pequenino, que cabia um milhão de músicas e ainda nos permitia fazer listas. Aí eu fui ao delírio. Mas ainda não era o Spotify, que barrou todo mundo. Lembro até hoje do meu querido primo Kaian falando pra mim "você precisa disso, você vai amar", e ele estava certíssimo. Spotify é a ferramenta onde encontro quase tudo de música que procuro, o sonho dos amantes da música. É pelo Spotify que preparo playlists exclusivas para minhas aulas de yoga e sempre as disponibilizo aos alunos pós-prática. Nas minhas aulas de yoga como aluna, antes de me tornar professora, meus primeiros professores, que foram também os que me formaram, usavam músicas calmas e meditativas nas aulas, mas também músicas de outras partes do mundo, música brasileira, africana, e claro que indiana, mas uma grande mistura, que eu adorava e carrego muitas delas para minhas aulas hoje. Sinto que a música altera nosso estado de espírito. Ela tem o poder de nos animar, acalmar, elevar, e me aproveito disso nas minhas práticas de forma categórica. Gustavo disse que usou as músicas das nossas aulas de yoga na sua viagem com o filho para a Bahia, e que a cada música o filho dele dizia "nossa, como ela é boa nas escolhas das músicas"; Adriana disse que acha música importantíssimo, mas que o único momento do seu dia em que ouve música é nas nossas aulas e que ela adora as seleções; Breno disse que eu relembro e acrescento músicas ótimas para o seu repertório; Dais disse que manda nossas playlists para uma amiga, que se aposentou e foi morar na praia, e que ela tem amado; fora todos os que cantarolam as músicas no meio da prática, unindo os inúmeros benefícios da yoga ao famoso "quem canta seus males espanta". Amo demais essa junção de yoga com música, não vivo sem!

  • Sonhos e o tempo para realizá-los

    A maturação de cada coisa: o Projeto Yoga em Brasília mostra como realizar algo desejado pode levar minutos, horas, dias, semanas, meses e até anos. ( Andrea Hughes, de Crônicas de uma Yoguini) Eu chego nos lugares e logo penso: se o lugar for bonito, se o lugar for interessante, será que rola de praticar yoga aqui? Para quem não sabe, há 12 anos eu criei o Projeto Yoga em Brasília, projeto que visa reunir o máximo de pessoas possível nos lugares mais incríveis e inusitados da cidade para praticar yoga juntas, sem nenhuma restrição de gênero, idade ou condição física. Tem lugares que já gastei meu tempo querendo realizar este projeto, mas que até hoje ainda não deu certo. Tem outros, como o Museu Nacional da República, que primeiro consegui autorização para fazer do lado de fora do Museu (foto abaixo). Mas para realizar meu sonho de entrar no Museu levou 5 anos (foto abaixo). Primeiro o diretor do museu da época autorizou que fosse com o museu vazio, entre exposições, com medo de que pudesse acontecer alguma coisa com as obras de arte. Este dia foi tão mágico, tinham tantas crianças, fiquei encantada! Em seguida, o diretor abriu para que o projeto fosse feito em meio a uma exposição (foto abaixo), como vibrei com este sonho sendo realizado, um após o outro! Em 2018 teve Projeto Yoga em Brasília em meio a exposição de novo e foi muito especial (vídeo abaixo). Tivemos a participação ilustre do DJ Velozo tocando para nós e das criadoras do Experimente Brasília como alunas, uma honra. Daí mudou a diretoria do Museu, não foi uma boa mudança para o meu projeto e daí veio a pandemia e consequentemente nasceu um pavor em mim de aglomerar pessoas. No final de 2022 mudou a diretoria do Museu, a pandemia dava fortes sinais de enfraquecimento e voltei timidamente a frequentar a Galeria Principal com yoga, coisa mais linda de viver. 2023 foi de intensa presença no Museu (fotos abaixo), ainda sonhando retornar em 2024. Foto 01: Lucas Conceição, dezembro 2022. Foto 02: Rafael Honorato fevereiro 2023. Foto 03: Alexia Hughes maio 2023. Foto 04: Rafael Honorato, julho 2023. Foto 05: Manoela Olesko, setembro 2023. Foto 06: Rafael Honorato, novembro 2023.

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