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Atlas dos Clubes de Brasília será lançado no início de 2025

Em entrevista exclusiva, presidente do SinLazer fala sobre ações para fortalecer o setor, entre elas o mapeamento dos clubes


(Jamila Gontijo, da coluna Estilo Brasília)

Encontro sobre melhores práticas para clubes. Foto (esquerda para direita): Jorge Gutierrez (vice-presidente SinLazer), Luis Gonzaga Filho (presidente SinLazer), Alexandre Kuhnert Dourado, dirigente do Clube Naval, e Flávio Pimentel, ex-comodoro do Iate Clube.

 

            Um mapeamento dos clubes de Brasília deve ser concluído no início de 2025, de acordo com o SinLazer (Sindicato de Clubes e Entidades de Classe Promotoras do Lazer e Esportes do DF), que é responsável pela iniciativa. O objetivo é promover uma radiografia dos clubes para usar os dados no direcionamento de políticas e ações para fortalecer o setor. O Atlas dos Clubes é um dos projetos em andamento para promover soluções conjuntas para os gestores dos clubes da Capital Federal.


Neste mês de setembro, o SinLazer promoveu um encontro de gestores de clubes no Clube Naval. Dirigentes se reuniram para conhecer como grandes clubes do Brasil resolvem desafios de gestão, com o gerenciamento das áreas de alimentação dos clubes, a promoção de atividades esportivas e o melhor uso dos espaços de lazer.

Gestores reunidos em encontro no CLube Naval Foto: Sinlazer


A apresentação das melhores práticas de gestão dos clubes foi feita por Flávio Martins Pimentel, ex-Comodoro do Iate Clube de Brasília, e se baseou em visitas a grandes clubes de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.  Joberto  Sant´Anna, presidente da ASSEFE (Associação dos Servidores do Senado Federal), esteve presente no encontro e afirmou que as trocas de experiências são fundamentais para encontrar soluções em gestão, como no caso do clube dele em relação às práticas esportivas. “O fortalecimento do futebol nos clubes é uma agenda muito importante para nós” – destacou Sant´Anna, que em sua gestão à frente da ASSEFE está promovendo um convênio com uma entidade de futebol do Espírito Santo, – uma iniciativa fomentada a partir das ações do SinLazer.


Em entrevista exclusiva para o Portal Brasília News, o presidente do SinLazer, Luis Gonzaga da Silva Filho*, falou sobre as ações para fortalecer o setor, incluindo as recentes regulamentações promovidas pelo Governo do Distrito Federal.


Como o SinLazer avalia o PPCUB (Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília)? Quais as conquistas para os clubes e quais entraves?


Foto: Luis Gonzaga Filho, presidente SinLazer

Nós do SinLazer, que representamos os 40 clubes filiados, fomos convidados a participar da elaboração da Lei 6.888, de julho de 2021, a qual promove a regularização fundiária dos clubes e também dos templos religiosos de Brasília, o que traz segurança jurídica para estes segmentos. Já o PPCUB é específico para a área de tombamento, onde  muitos clubes estão localizados. A lei é recente e  sua aprovação teve muitas polêmicas e muitas emendas. Nós encomendamos  um estudo desta lei para compreendê-la por completo, já que tem sido muito criticada.


O que sabemos é que para cada situação dos clubes vai ter uma solução especifica baseada na lei. Durante a elaboração do projeto da lei os clubes já haviam encaminhado para o GDF um documento consolidando o que gostariam de ter regularizado e boa parte das demandas foram consideradas.  


E como está o encaminhamento da Moeda Social?

A Moeda Social foi uma grande solução proporcionada pelo Governador Ibaneis Rocha, tanto para os clubes como para os templos religiosos que historicamente usam terrenos públicos. Existem clubes com terrenos particulares e também os que estão em terrenos da Terracap ou do GDF e isso precisa ser regularizado, para que haja segurança jurídica. O valor da locação desses terrenos é bastante alto e ficaria inviável para os clubes. A Lei 6.888/21 permite a opção do pagamento da locação dos terrenos com a prestação de serviços para a comunidade de forma gratuita. Isto é a Moeda Social, que ainda está em fase de regulamentação pela Secretaria da Família e da Juventude do GDF, responsável pela gestão dessa modalidade de pagamento com regras, parâmetros, relatórios e controles.


A Moeda Social está prevista na Lei 6.888/21 e seu detalhamento, via Lei Complementar, está em fase de elaboração para que seja encaminhado pela Casa Civil do GDF, para então ser submetida à  aprovação da Câmara Legislativa. É importante ressaltar que o presidente da Câmara Legislativa, o deputado distrital Wellington Luiz, estará acompanhando este encaminhamento e atento à construção desta importante solução para os clubes e para os templos religiosos, que prestam inestimáveis serviços à comunidade. O governador Ibaneis Rocha também apoia o segmento dos clubes e reconhece sua importância para a população de Brasília.


Além dos serviços que prestam, desde o convívio social à promoção da saúde física e mental e do bem-estar das famílias, os clubes geram empregos diretos e indiretos, renda e tributos com as suas múltiplas atividades. É, portanto, um segmento de alta relevância, daí o apoio do governo, do parlamento e o reconhecimento pela sociedade. A Moeda Social é também uma forma de partilha com outros segmentos da sociedade promovendo inclusão social.

 

* Luis Gonzaga da Silva Filho é o atual presidente do SinLazer,  gestor, ex-presidente do clube ASES, presidente do Conselho de Administração da ASES e membro do Conselho Deliberativo do Brasília Country Clube.

 

 

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